O Contemporâneo na História da Arte

com Carlos Riccioppo, crítico e professor de História da Arte da Universidade de São Paulo

O curso pretende abordar, por meio de idas e vindas à história da arte, questões que se colocam para pensar a arte na situação contemporânea. Dentre elas: o problema das apropriações, empréstimos e usos das imagens em diferentes culturas, o lugar da arte como atividade pública e privada e as diferentes dinâmicas da arte nos grandes centros e nos países periféricos. As aulas se intercalam entre análises comparativas de obras de diferentes momentos da história da arte com formulações de autores cruciais para o debate contemporâneo da arte, se debruçando sobre diversos momentos estruturantes, da Grécia antiga à arte contemporânea no Brasil.

Cronograma

1º Encontro:  Apropriações, empréstimos e usos das imagens (parte I)
1. Empréstimos, sátiras e paródias na arte inglesa do século XVIII; 2. o clássico retomado por David em “O juramento dos horácios” (um sentido de “neoclassicismo”); 3. orientalismo em Ingres; 4. o caso das máscaras africanas na arte de Picasso

2º Encontro: Apropriações, empréstimos e usos das imagens (parte II):
1. Os empréstimos que a Grécia fez do Egito; 2. os empréstimos que Roma fez da Grécia; 3. os empréstimos da formação da arte cristã; 4. as impurezas das formações culturais e o mito contemporâneo das culturas genuínas

3º Encontro: O espaço da arte (parte I)
1. O surgimento do ateliê como espaço específico da arte no século XVII (Rembrandt, Vermeer, Velasquez e uma definição positiva da pintura); 2. Os ateliês de Cézanne, Matisse e Picasso; 3. o isolamento do trabalho de Pollock; 4. a Factory de Andy Warhol

4º Encontro: O espaço da arte (parte II)
1. O ateliê como museu; 2. o surgimento dos museus e seu público; 3. a arte na cidade na renascença italiana; 4. a arte na cidade no “Marat Assassinado” de David

5º Encontro: Arte nos centros, arte na periferia
1. O avesso da Revolução Francesa em Goya; 2. o que fazer com o caso do “barroco mineiro”?; 3. arte erudita, arte popular, década de 80 no brasil,

6º Encontro: Arte engajada e autonomia da arte
Uma leitura de Theodor Adorno

7º Encontro: Forma e função (parte I)
1. O ornamento como crime na arte moderna; 2. Mondrian e Volpi como dois estudos de caso sobre abstração e modernidade

8º Encontro: Forma e função (parte II)
Olhando para Tatlin e para Matisse

9º Encontro: Arte e sociedade (parte I)
Uma leitura de Michael Baxandall

10º Encontro: Arte e sociedade (parte II)
1. O retrato na Grécia Antiga; 2. retratos dos imperadores romanos; 3. o retrato na renascença italiana; 4. A Madame Pompadour de Boucher; 5. o Capitão Coram de William Hogarth

11º Encontro: A arte como prática isolada (parte I)
Os desenhos de Da Vinci e as esculturas inacabadas de Michelangelo

12º Encontro: A arte como prática isolada (parte II
As últimas obras de Van Gogh e de Monet

13º Encontro: A arte como prática isolada (parte III)
1. Autorretratos e naturezas-mortas; 2. os retratos privados e públicos de David; 3. “Um bar no Folies-Bergère”, de Manet

14º Encontro: A arte como prática isolada (parte IV)
Leonilson e Jac Leirner como dois estudos de caso da arte brasileira

15º Encontro: Arte e erotismo (parte I)
Um estudo de caso dos filmes de Man Ray

16º Encontro: Arte e erotismo (parte II)
O corpo em Hélio Oiticica como estudo de caso


Informações gerais

Segundas-feiras, 19h00-22h00 Data de início: 14 de agosto Data de término: 27 de novembro Vagas: 20

Inscrições

https://goo.gl/forms/adGZ9BwTQWRmnyvF3

Pagamento

Serão 4 parcelas de R$300,00. O pagamento da primeira parcela garante a vaga no curso. O aluno poderá requisitar um boleto, fazer um depósito em conta-corrente ou pagar diretamente no Ateliê397, de quarta a sexta, das 14 às 19H. Não aceitamos cartões. As demais parcelas devem ser pagas no Ateliê397 até os dias 14/09, 16/10 e 14/11.


Sobre o professor

Carlos Eduardo Riccioppo é Doutor e Mestre em História, Crítica e Teoria da Arte pelo Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo. Graduado pela mesma instituição, integra, ali, o Centro de Pesquisas em Arte Brasileira do CAP/ECA/USP. Publicou artigos sobre artistas modernos e contemporâneos e realizou as exposições “Leonilson – desenhos”, no Centro Universitário Maria Antonia, em 2008, e “Fim da primeira parte”, de João Loureiro, em 2011, na Galeria Vermelho, São Paulo. Em 2010, foi contemplado com a Bolsa Funarte de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais, e, em 2015, pelo Programa Redes Funarte de Artes Visuais. Compôs os grupos de crítica do Centro Cultural São Paulo, do Centro Universitário Maria Antonia e do Paço das Artes e contribuiu para a Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. É Professor de História, Teoria e Crítica de Arte junto ao Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Colabora com o Ateliê397 desde 2011 e participa do conselho desde 2016.