Clínica Geral

Acompanhamento de projetos no 397

Destinado a artistas, pesquisadores, escritores e curadores interessados em discutir coletivamente suas práticas no campo da arte contemporânea, Clínica Geral pretende criar uma dinâmica de trocas que leve em conta pontos de vista históricos, sociais e filosóficos para a discussão, visando ao aprofundamento de cada investigação pessoal. Incentiva também o diálogo entre a prática e a teoria, por meio da convivência de diversos agentes do circuito – artistas, curadores, críticos de arte, entre outros – fazendo com que eles compartilhem seus pontos de vistas e criem novas possibilidades de colaboração entre si.

Os encontros semanais serão realizados as quartas-feiras das 20h às 22h30, e terão a orientação da crítica de arte e curadora Isabella Rjeille e dos artistas Jaime Lauriano e Raphael Escobar. Um de seus objetivos é que os projetos elaborados, discutidos e lapidados durante as aulas se encerrem em uma atividade a ser pensada, e desenvolvida, coletivamente por todos os participantes do curso.

Embora a duração do programa esteja prevista para 4 meses, a sua duração é indeterminada à medida em que novos assuntos e projetos podem estimular sua continuidade nos semestres subsequentes. Afinal, o debate sobre a nova produção artística, sobre os lugares e formatos de discussão e os modos de intervenção da arte e da crítica na situação contemporânea são temas inesgotáveis que animam a continuidade e renovação do próprio projeto do Ateliê397.

Inscrição

Os interessados poderão se inscrever preenchendo o formulário https://goo.gl/forms/rxfrIzlVr6Lnijp13. Após o envio do formulário, entraremos em contato para confirmar a inscrição e fornecer os dados bancários para depósito da primeira parcela.

Número de encontros no semestre: 16 coletivos e 1 individual
Número de vagas: 20
Data de início: 08 de Março, 2017
Data de término: 21 de Junho, 2017
Quarta-feira 20h às 22h30

Pagamento

Serão 4 parcelas de R$300,00. O pagamento da primeira parcela garante a vaga no curso. O aluno poderá fazer um depósito em conta-corrente ou pagar diretamente no Ateliê397, de quarta a sexta, das 14 às 19H. Aceitamos dinheiro, cheque e cartões de débito e crédito. As demais parcelas devem ser pagas no Ateliê397 até os dias 10/04, 10/05 e 10/06.

Cronograma

1º encontro

Apresentação dos professores e do programa do semestre.

2º ao 5º encontro
1º ciclo de apresentação dos trabalhos/portfolios dos alunos.

6º ao 8º encontro
Leitura e discussão de texto.

9º encontro
Discussão de alguma exposição visitada por todos os participantes o curso.

10º ao 14 encontro
2º ciclo de apresentação dos trabalhos/portfolios dos alunos.

15º e 16º encontro
Discussão e produção do projeto de exibição.

 

Conheça os professores

Isabella Rjeille (Belo Horizonte, 1989) vive e trabalha em São Paulo. É curadora, crítica e editora. É assistente curatorial do Museu de Arte Assis Chateaubriand e editora do jornal Nossa Voz / Casa do Povo (São Paulo). Foi assistente curatorial da 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza Viva; curadora das exposições TOTEMONUMENTO, na Galeria Leme (2016); O que caminha ao lado, Sesc Vila Mariana (2015) e co-curadora da exposição Frente à Euforia, realizada com “Prêmio para curador estrangeiro” da Fundação Gilberto Alzate Avendaño (Bogotá) na Oficina Cultural Oswald de Andrade (São Paulo) junto com Fábio Zuker e Mariana Lorenzi. Foi curadora assistente da exposição Artevida (2014) que aconteceu no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Casa França Brasil e Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura. Foi interlocutora do Ciclo de Portfólios (2014) da Casa Tomada e, no mesmo ano, publicou o livro Só se vive duas vezes, sobre o trabalho de Flora Leite. Foi co-organizadora do livro “Dias de Estudo” da 32ª Bienal de São Paulo, junto a Jochen Volz; coordenadora editorial do livro ABC-Arte Brasileira Contemporânea (CosacNaify, 2013), assistente de edição do catálogo da 12ª Bienal de Istanbul (2011) e pesquisadora da antologia ArtNexus: Arte en Colombia.


Jaime Lauriano (São Paulo, 1985) 
vive e trabalha em São Paulo. Graduou-se pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, no ano de 2010. Entre suas exposições mais recentes, destacam-se as individuais: Nessa terra, em se plantando, tudo dá, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil, 2015; Autorretrato em Branco sobre Preto, Galeria leme, São Paulo, Brasil, 2015; Impedimento, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil, 2014; Em Exposição, Sesc, São Paulo, Brasil, 2013; e as coletivas: Totemonumento, Galeria Leme, São Paulo, Brasil, 2016; 10TH Bamako Encouters, Museu Nacional, Bamako, Mali, 2015; Empresa Colonial, Caixa Cultural, São Paulo, Brasil, 2015; Frente a Euforia, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, Brasil, 2015; Tatu: futebol, adversidade e cultura da caatinga, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil, 2014; Taipa-Tapume, Galeria Leme, São Paulo, Brasil, 2014; Espaços Independentes: A Alma É O Segredo Do Negócio, Funarte, São Paulo, Brasil, 2013; possui trabalhos nas coleções públicas da Pinacoteca do Estado de São Paulo, e do MAR – Museu de Arte do Rio. Com trabalhos marcados por um exercício de síntese entre o conteúdo de suas pesquisas e estratégias de formalização, Jaime Lauriano nos convoca a examinar as estruturas de poder contidas na produção da História. Em peças audiovisuais, objetos e textos críticos, Lauriano evidencia como as violentas relações mantidas entre instituições de poder e controle do Estado – como polícias, presídios, embaixadas, fronteiras – e sujeitos moldam os processos de subjetivação da sociedade. Assim, sua produção busca trazer à superfície traumas históricos relegados ao passado, aos arquivos confinados, em uma proposta de revisão e reelaboração coletiva da História.


Raphael Escobar (São Paulo, 1987)
vive e trabalha em São Paulo. Formado em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e pós-graduando em Estudos Brasileiros: sociedade, educação e cultura pela Fundação Escola de Sociologia e Politica. Desde 2009 atua com educação não formal em contextos de vulnerabilidade social ou de disputas politicas, como Fundação CASA, Cracolândia e Albergues. A atuação nesses contextos serve como pesquisa e muitas vezes ativação do trabalho que desenvolve. Partindo das noções de público e privado, lugar e não-lugar, centro e margem, sua produção se utiliza de objetos, ações e situações corriqueiras do cotidiano urbano a fim de discutir estas relações. Já́ participou de exposições como totemonumento, Galeria Leme (São Paulo, 2016) X Bienal de Arquitetura de São Paulo, Centro Cultural São Paulo (São Paulo, 2013), A alma é o Segredo do Negócio, Funarte (São Paulo, 2013), Múltiplos 397, Ateliê397(São Paulo, 2012). Participou de residências artísticas como Red Bull Station (São Paulo, 2016) Muros: Territórios Compartilhados (Salvador, 2013), Obras em construção, Casa das Caldeiras (São Paulo, 2011).