Assista ao registro em vídeo do debate Caribe: arquipélagos para o pensar

Para o escritor martiniquês Édouard Glissant, a geografia dos arquipélagos antilhanos representa um modelo para pensar um “mundo crioulo”, cujas negociações com o outro já não se esboçam a partir de multiculturalismos e identidades compartimentadas, mas em seus processos de coexistência e dissolução. Glissant parte da multitude insular das Antilhas para propor um modelo de “pensamento-arquipélago” em oposição ao “pensamento continental”, de natureza hegemônica ou homogeneizadora.

Annalee Davis, diretora do centro independente de práticas artísticas Fresh Milk, de Barbados, Andrés Hernandez, curador cubano radicado no Brasil, e Mirtes Oliveira, integrante do grupo de estudos G27, se encontram no Ateliê 397, em São Paulo, para relacionar a ideia de  “pensamento arquipélago”, elaborada por Glissant, com as suas próprias práticas no campo da arte contemporânea.

 


A iniciativa inaugura uma nova fase de contato do Videobrasil com o público, que promove plataformas horizontais, colaborativas, de investigação e debate.

 

Sobre os convidados

Andrés I. M. Hernández é mestre em Artes Visuais, curador e produtor independente. Foi coordenador do departamento de exposições do Centro de Arte Contemporânea Wifredo Lam (sede da Bienal de Havana), coordenador executivo do departamento de curadoria do Museu de Arte Moderna de São Paulo e recentemente coordenador de produção e relações institucionais da Luciana Brito Galeria.

Annalee Davis é uma artista visual barbadiana cujo trabalho aborda as heranças pós-coloniais do Caribe, tendo fundado a Fresh Milk, associação independente sediada em Barbados que apoia iniciativas de intercâmbio de pesquisa e fomento à produção de criadores contemporâneos. É docente em tempo parcial no programa de bacharelado da Barbados Community College. Como artista, participou das bienais de São Paulo e Havana (ambas em 1994), entre outras exposições.

Mirtes Marins de Oliveira coordenou o Bacharelado em Artes Plásticas (1997-2006) e implantou e coordenou, de 2003 a 2013, o mestrado em artes visuais na Faculdade Santa Marcelina (Fasm). Atualmente é docente do mestrado e doutorado em design da Universidade Anhembi-Morumbi. O grupo G27, de que ela faz parte juntamente com Ana Maria Maia (Instituto Tomie Ohtake), Regina Parra (FAAP) e Tainá Azeredo (Casa Tomada), dedica-se a estudos sobre os múltiplos aspectos dos processos e práticas curatoriais, a partir de pesquisa histórica sobre as exposições de arte e design a partir das vanguardas do século 20.

 

Sobre o Ateliê 397

Fundado em 2003 por um grupo de artistas visuais (Bruna Costa, Rafael Campos Rocha e Sílvia Jábali), o Ateliê397 é um espaço que promove a circulação, a produção e a exibição da arte contemporânea. Realiza exposições de arte e eventos interdisciplinares, que envolvem sessões de videoarte, performances, happenings, shows de música, publicação de livros de artistas entre outras formas de experimentação da arte na atualidade. Coordenado por Marcelo Amorim e Thais Rivitti, atualmente o espaço cumpre o papel de difundir debates, criar oportunidades de exibição de trabalhos de arte e apresentar a produção de jovens artistas de todo o Brasil.

 

 

Serviço

Encontro Videobrasil | Caribe: arquipélagos para o pensar
14.5.2013, às 20h
Ateliê 397
Rua Wisard, 397, Vila Madalena, São Paulo
Telefone: (11) 3034 2132
Com: Andrés Hernandez, Mirtes Oliveira, Annalee Davis. Mediação de Sabrina Moura
Falas em português e inglês
Evento sem tradução simultânea

Realização: Associação Cultural Videobrasil
www.atelie397.com

Veja aqui o registro em vídeo do debate na íntegra: