Múltiplos397

O projeto Múltiplos397 nasce em 2010, idealizado por Marcelo Amorim e Thais Rivitti, buscando indagar uma possibilidade de produção em arte contemporânea que não se exima de estimular a criação de coleções de arte e de formar novos públicos – tarefa que sempre esteve no horizonte do Ateliê397 e que guia suas atividades e a manutenção do espaço.

O Múltiplos397 chega
atualmente à sua edição número cinco, com a participação dos artistas Edu Marin, Jaime Lauriano, Raphael Escobar e Sergio Pinzón, que prepararam obras especialmente para o projeto.

Junto com eles, estamos divulgando também os trabalhos das edições passadas. Ainda restam algumas dessas edições que estamos oferecendo hoje por um preço especial.

Para mais informações escreva para o email [email protected] ou pelo telefone (11) 3034-2132.

Edição 2018

Textos: Carlos Eduardo Riccioppo


Jaime Lauriano

Estradas, 2018
Cartão Postal sobre placa de compensado gravada a laser
20 x 25 x 4 cm
R$ 2.500,00 ou 3x R$ 833,33

À beleza já há muito tempo naturalizada das estradas brasileiras, construídas pela engenharia civil na encosta de montanhas e abrindo a vista para a natureza, Jaime contrapõe as palavras “bandeiras”, “caminhos” desapropriação”, “entradas” e “reintegração”. Quase que didaticamente (talvez isso seja necessário, afinal…), o artista oferece em vista aérea as rotas que marcaram a ferro o trânsito do país entre o Litoral e o Interior ao lado de verdadeiros cartões-postais, com aquelas vistas longas, em perspectiva bem distante, que aprendemos psiquicamante a compreender como imagens de liberdade, evolução e futuro, senão de verdadeira descoberta. À aventura e à velocidade das “Curvas da Estrada de Santos”, o peso e a história que elas arrastam, nomeadas de acordo com os feitos do jesuíta Anchieta.


Raphael Escobar

Micha, 2018
Madeira, adesivo, micha
14 x 35cm
R$ 1.500,00 ou 3x R$ 500,00

Por definição, a chave micha (ou bump key) abre quase qualquer porta: como ela tem todos os cortes no seu ponto máximo, uma vez encaixada na fechadura, com um golpe, arrasta todas as molas da trava. Como num esquema de “faça você mesmo”, Escobar fornece o passo-a-passo do processo, desde a sugestão barata e prática da fabricação de uma dessas chaves, cortando uma serrinha manual já gasta, até a orientação de como destravar uma porta. O que o trabalho expõe com ditadismo e clareza extremos, próprios ao design, às bulas e aos manuais, mas deliberadamente sem julgamento sobre os usos da informação, se pelos mal-intencionados ou pelos eternamente esquecidos da chave de casa.


Edu Marin

Da série: Câmaras de Descompressão, 2014
Impressão fine art com jato de tinta nem pigmento mineral sobre papel Photo Rag 308 asm Hahnemühle e adesivagem sobre material neutro PS 2mm (poliestireno)
25 x 16.6cm
Moldura de madeira caixeta
R$ 1.500,00 ou 3x R$ 500,00

A imagem produzida por Edu Marin é íntima: luz âmbar, a cortina evitando a luminosidade do exterior, a nesga de cama, o quadro rascunhado com uma pitada de erotismo comum aos estabelecimentos de beira de estrada ou dos alívios de fim de noite. “Câmaras de descompressão” (o título que o artista dá à obra), enfim, são mesmo isto – momentos em que a atmosfera se dilata e deixa espaço para a distensão do corpo, do cotidiano, da libido. O artista parece olhar com curiosidade para as horas de descuido, aquelas em que sono e a vigília ainda se misturam e em que impera a fantasia de se estar em um outro lugar qualquer, onde muito é permitido. Não espanta que uma cena de motel possa se parecer tanto com aquele mesmo quarto escuro, vermelho e fechado onde a própria fotografia é ampliada.

Sergio Pinzón


Por do sol com aves, 2017
Bordado em linha sobre malha piquet
R$ 1.500,00 ou 3x R$ 500,00


Picos nevados e alce, 2017
Bordado em linha sobre malha piquet
R$ 1.500,00 ou 3x R$ 500,00

Diferentemente da tradição já consolidada do ato de bordar (e, com ele, da indagação de uma temporalidade privada, destinada aos tropeços de uma dimensão mais íntima, ou, então, da repetição de padrões estáveis), esses trabalhos de Sergio começam com a brincadeira de adicionar um ou dois elementos aos discretos mas imediatamente identificáveis símbolos de marcas ostentados usualmente no peito das camisas polo. De repente, uma pequena águia vermelha pode ganhar um sol se pondo no mar como cenário para seu voo, e uma alce um tanto perdida, uns três picos nevados para mirar. As cores fortes e as listras, que costumam marcar o modo sport wear mas elegante das polos, vão esquecendo sua neutralidade abstrata, geométrica, monocromática, e assumindo a forma de narrativas às vezes um tanto nonsense, outras idílicas, como se o artista apenas compreendesse aquilo que os pequenos animais, plantas e signos significassem antes de serem isolados no tecido.

Edição 2016

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Debora Bolsoni

Queima, 2016
Impressão jato de tinta em papel 260g/m2
70 x 47cm
Moldura de madeira caixeta
R$ 1.950,00 ou 3x R$ 660,00

Débora Bolsoni apresenta para esta edição do Múltiplos 397 a fotografia Queima. A imagem registra o lançamento, em uma fogueira, de um livro produzido com azulejos, enquanto outro já começa a ser consumido pelas chamas. A fotografia é um desdobramento de trabalhos da artista que lidam com livros fabricados com material coletado em cemitérios de azulejos.

antoniochicoedu(web)

Antônio Ewbank, Chico Togni e Edu Marin

Arenito, 2016
Papelão, cola, tinta, vergalhão de ferro e poliuretano
Dimensões variáveis (aproximadamente 60 x 45 x 30 cm)
R$ 1.950,00 ou 3x R$ 660,00

Antônio Ewbank, Chico Togni e Edu Marin desenvolveram conjuntamente o trabalho Arenito. A peça, feita com materiais simples e rústicos, simula um mineral suspenso por um tripé de vergalhões de ferro. A obra insere-se na pesquisa recente do trio de artistas, que vêm desenvolvendo peças de mobiliário e objetos utilitários com materiais de um vocabulário de construção civil.

Edição 2014

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Leda Catunda

Amora, 2014
Gravura
25 x 25 cm – edição de 35
R$ 4.000,00 ou 3x R$ 1.400,00

Em suas gravuras, Leda Catunda desenvolve uma linguagem fluida e dinâmica. Nelas, como em suas pinturas e desenhos, as formas orgânicas parecem se acomodar no papel, unido-se umas às outras, sobrepondo-se e se entrelaçando. Peso e leveza, matéria e transparência, movimento e repouso formam jogos equilibrados em composições vibrantes, construindo aquilo que a artista chama de “Poética da Maciez”.

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Nino Cais

sem título, 2014
Fotografia
80 x 56 cm – edição de 20
R$ 4.000,00 ou 3x R$ 1.400,00

O trabalho de Nino Cais desenvolve-se em uma grande variedade de meios: desenho, fotografia, colagem, vídeo e obras tridimensionais. São trabalhos que partem do cotidiano, apropriando-se de objetos de uso comum – tais como louças, roupas e outros utensílios domésticos – para revelar neles uma memória, uma história do passado e experiências guardadas neles. A presença do corpo também é constante na produção de Nino que muitas vezes aparece cercado por esses objetos, realizando ações cotidianas, rotineiras que às vezes ganham ares ritualísticos. São ações repetidas todos os dias que, muito silenciosamente, marcam o tempo de nossa existência.

Edição 2012

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Marcelo Amorim

sem título, 2012
Serigrafia
48 x 60cm – edição de 40
R$ 1.500,00 ou 2x R$ 787,00

Amorim traz o múltiplo Sem título, serigrafia que se remete ao passado com a imagem de esportistas em tons de dourado. De quando serão aqueles atletas? Suas roupas indicam o início do século, o fato de ser uma fotografia cotidiana os joga para aquela época entre os anos 20 e 40, mas é difícil precisar. Não só os retratados, mas a própria imagem passou por ciclos de vida: da fotografia, para a internet, para a serigrafia, ela é um trânsito entre gerações midiáticas, ora no presente, ora no passado.

Fóssil, 2011, cimento. 36x20x13cm, edição de 20

Raphael Escobar

Fossil, 2011
Cimento
36 x 20 x 13cm – edição de 20
*Esgotado

Escobar também se refere a um passado, mas um pouco mais recente, com Fóssil. Uma escultura de concreto de um orelhão, daqueles de ficha, remete ao passado urbano, resgatando a memória da cidade por meio de um elemento público tão presente e característico da cidade até os anos 90, mas que foi substituído por telefones celulares, cada vez mais tecnológicos e mais privados.

Edição 2010

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Fabio Flaks

Amplificador, 2010
Gravura em metal
54 x 78cm – edição de 40
R$ 1.500,00 ou 2x R$ 787,00

De volta aos amplificadores Marshall, como na série de desenhos recentemente apresentados no Centro Universitário Maria Antonia, Fabio Flaks faz agora uma incursão pela gravura. O amplificador, objeto associado ao universo pop do rock e dos grandes shows de música, aparece nesta obra como uma espécie de relíquia. A figura que vemos representada aqui se confunde com desenhos de objetos antigos, em almanaques e enciclopédias. Descontextualizado, apartado da cena que normalmente habita, o amplificador torna-se estranhamente poético e nostálgico, como se conservasse a memória das músicas que já passaram por ele. Não raras vezes, a poética de Flaks opera nesse sentido, seus trabalhos têm o poder de conferir àquilo que representam – até mesmo a objetos produzidos industrialmente e em série – uma presença distinta, inaudita.

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Laura Huzak Andreato

Depois de, depois de… 2010
Acrílico, lâmpada e instalação elétrica
16 x 36 x 5cm – edição de 40

*Esgotado

A obra Depois de, depois de, depois de…, de Laura Huzak Andreato, consiste em uma caixa de acrílico preto – com um recorte irregular na parte frente – da qual sai uma luz vermelha. Quando a peça é fixada na parede, sugere a imagem do sol se pondo atrás de montanhas. Um pôr-do-sol eterno, portátil, ligado à tomada, pronto para ser levado para casa. Dos objetos utilitários – do universo do design e da decoração – a obra conserva os materiais sofisticados, o acabamento impecável e a lógica da reprodutibilidade. Na exposição, as peças figuram lado a lado, formando uma grande linha do horizonte. A seriação, procedimento minimalista por excelência, reforça a monótona passagem do tempo, contado por auroras e ocasos. Entre o alto design e o clichê das representações de pôr-do-sol, sobressai a ironia presente na tentativa de trazer a natureza para o ambiente doméstico.

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Luiz Roque

Das monster, 2010
Ampliação fotográfica a partir de filme positivo Super-8
25 x 45 cm – edição de 40
R$ 1.500,00 ou 2x R$ 787,00

Os filmes de Luiz Roque sustentam uma posição de ambíguidade, entre a paródia e o elogio. Rodados em super-8, eles utilizam o repertório e a linguagem de filmes antigos, dos primórdios do cinema. A foto Das monster, feita pelo artista para o projeto no Ateliê 397, é um still de um desses filmes do artista, que leva o mesmo título. A foto mostra uma pessoa caminhando, rosto e corpo cobertos por um longo tecido, em meio a uma paisagem montanhosa e enevoada. Ao mesmo tempo em que há algo cômico nesse retrato do “monstro – fantasma” e na referência à paisagem sombria, tão recorrente nos filmes do expressionismo alemão, a foto não para de nos seduzir. Por mais fetichizados que esses elementos possam parecer (eles hoje claramente deixaram de ter um estatuto cult e se tornaram clichês da indústria cultural) há no trabalho algo poético que resiste.

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Nazareno

Silêncio por favor, 2010
Cristal, madeira e água
41,5 x 27 cm – edição de 40
R$ 1.000,00 ou 2x R$ 525,00

A obra de Nazareno para o projeto Múltiplos 397 situa- se no limite da visibilidade. As quatro taças de cristal, colocadas sobre uma tábua de madeira, permanecem silenciosas, sem chamar atenção para si mesmas. Para acionar a obra, temos que tocá- la, literalmente. A ocupação do espaço não se faz apenas pela presença visual dos objetos, mas também pelo toque do espectador e pela propagação do som que deles emana. O trabalho acontece nesse trânsito: aparece, desaparece, converte-se em música, ocupa o espaço, convocando plenamente a sensibilidade do observador. A produção do artista, já bastante conhecida no meio, normalmente é associada a desenhos delicados, inspirados em contos de fadas, no universo infantil ou em situações cotidianas. São desenhos que tocam o vazio, mostrando associações inesperadas, gestos mínimos e frases curtas, porém carregadas de significado.

 


Edição 2016

Débora Bolsoni (1975) é artista plástica formada pela ECA-USP, onde também obteve o título de mestre. Iniciou sua formação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e na Saint Martin School of Art, em Londres, na década de 1990. Em 2004, foi selecionada para o programa de residência em artes do Centro de Cultura Remisen-
Brande, na Dinamarca, e, em 2005, foi bolsista residente do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. Participou da 7a Bienal do Mercosul, em 2009, com a mostra “Absurdo”. No ano seguinte, montou a exposição Leitura de praia, na Galeria Marília Razuk. Em 2011, a artista realizou o projeto “Feira de rua” para a Zona MACO, na Cidade do México, com curadoria de Adriano Pedrosa. Nesse ano, participou também da mostra retrospectiva “Dublê” com obras suas e do artista Alexandre da Cunha, no Centro Cultural São Paulo. Recentemente, realizou as individuais “Dentro fora”(2014, Galeria Marília Razuk) e “Descaracter” (2016, Galeria Jaqueline Martins). Foi indicada ao prêmio PIPA em 2010, 2011, 2015 e 2016.

Antônio Ewbank (1983). Formou-se em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo no ano de 2006, obteve o título de mestre em 2012 e atualmente desenvolve pesquisa de doutorado na mesma escola. No ano de 2015, realizou a residência de arte do Red Bull Station. Apresentou exposições individuais no Centro Universitário Maria Antonia (2009), Paço das Artes (2009) e Centro Cultural São Paulo (2008). Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas: No Sound (Galeria Milan, 2015), Red Bull Station (2015), Comic Sans (Centro de Arte Contemporáneo de Quito, 2012), Loja 99 (Galeria Homero Massena, 2011), =748.600 (Paço das Artes, 2011), PINO (Galeria Baró Cruz, 2011), Exposição de Verão (Galeria Box 4, 2010), Máquina (MARP, 2009), Abre Alas (Galeria A Gentil Carioca, 2009), X Salão Nacional Victor Meirelles (MASC, 2008), 3+2 (Centro Cultural BNB, 2008), 14o Salão da Bahia (MAM-BA, 2007).

Chico Togni (1981). Formou-se em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo no ano de 2005. No ano de 2012, participou do programa Smithsonian Artist Researsh Fellowship, em Washington D.C., EUA. Recebeu os prêmios Projéteis de Arte Contemporânea Funarte-RJ (2008), 14o Salão de Arte Contemporânea MACC e Centro Cultural São Paulo. Apresentou exposições individuais na galeria La Maudite (2014), Centro Cultural São Paulo (2013, 2008, 2006), Centro Universitário Maria Antonia (2009), Paço das Artes (2009, 2006). Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas: Huit Mois (Point Éphémère – Paris, 2015), No Sound (Galeria Milan, 2015), Red Bull Station (2015), Comic Sans (Centro de Arte Contemporáneo de Quito, 2012), Loja 99 (Galeria Homero Massena, 2011), =748.600 (Paço das Artes, 2011), PINO (Galeria Baró Cruz, 2011), Exposição de Verão (Galeria Box 4, 2010), Máquina (MARP, 2009), Abre Alas (Galeria A Gentil Carioca, 2009), X Salão Nacional Victor Meirelles (MASC, 2008), 3+2 (Centro Cultural BNB, 2008), 14o Salão da Bahia (MAM-BA, 2007).

Edu Marin (1976). Formou-se em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo no ano de 2005. Possui obras nas coleções do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, do Museu de Arte de Ribeirão Preto, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, da Casa da Imagem do Museu da Cidade, da Casa do Olhar da Prefeitura Santo André e do Prêmio Porto Seguro de Fotografia. Apresentou exposições individuais no Ateliê 397 (2014), Casa da Imagem (2014), Galeria Pilar (2013), Centro Cultural São Paulo (2005), Centro Universitário Maria Antonia (2005) e Instituto Itaú Cultural (2004). Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas: 15o Festival Internacional de Fotografia de Valparaíso (Chile, 2015), Red Bull Station (2015), Mostra de Aquisições Recentes do Acervo do Museu de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto (2014), Fronteiras Incertas (MAC-USP, 2013), Dez anos do Clube da Fotografia do MAM (MAM, 2010), Recorte Afetivo (Espaço Ophicina, 2010), Gabinete (Galeria Virgílio, 2008), Prêmio Atos Visuais (Funarte Brasília, 2008), Identidades Contrapostas (Instituto Tomie Ohtake, 2008), Oniforma (Centro Cultural São Paulo, 2007).

Edição 2014

Leda Catunda nasceu em São Paulo em 1961, mesma cidade em que hoje vive e trabalha. Estuda Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado – Faap, entre 1980 e 1984. Ainda na faculdade, é convidada a participar de exposições importantes como “Pintura como Meio”, no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Em 1984, a artista apresenta trabalhos na famosa exposição “Como vai você, geração 80?”, no Parque Page, Rio de Janeiro. Anos mais tarde, a exposição tornou-se símbolo da geração de artistas que iniciam sua carreira nos anos 1980 no Brasil. Em 1987, realiza sua primeira exposição individual, na Galeria Luisa Strina, em São Paulo. Apresentou seus trabalhos em uma sala especial na Bienal Internacional de São Paulo de 1994 e expõe regularmente no Brasil e no exterior. Ao longo de seus quarenta anos de trajetória, muitos dos mais renomados críticos de arte escreveram sobre seu trabalho, como se pode ver nas duas publicações monográficas da artista: “Leda Catunda” (Cosac Naify, 1999) e “Leda Catunda: 1983-2008” (Pinacoteca do Estado, 2008).

Nino Cais nasceu em São Paulo em 1969, mesma cidade em que hoje vive e trabalha. Estudou Artes Plásticas na Faculdade Santa Marcelina (FASM) graduando-se em 2001. Realizou exposições individuais em importantes instituições de São Paulo, como o Centro Cultural São Paulo (CCSP), em 2005, Paço das Artes, em 2010, Oficina Cultural Oswald de Andrade 2014 e nos SESC Ipiranga (São Paulo), Ribeirão Preto, São Carlos e Santo André entre 2014 e 2015. Participou de importantes exposições coletivas como “Os primeiros 10 anos” no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo, 2012, “Trilhas do Desejo” no programa Rumos Itaú Cultural (em São Paulo no Itaucultural e no Rio de Janeiro no Paço Imperial), 2009, além de participar da 30a Bienal Internacional de São Paulo, em 2012. Nino Cais recebeu inúmeros prêmios dentre os quais destacam-se: Prêmio aquisitivo do 15o Salão de Arte da Bahia, 2009; Prêmio Aquisitivo do Museu de Arte de Ribeirão Preto, 2008 e o Prêmio aquisitivo no Salão de Praia Grande (SP).

Edição 2012

Marcelo Amorim é graduado em Produção Editorial pela Universidade Anhembi Morumbi e especializado em Mídias Interativas pelo Centro Universitário Senac. Foi coordenador editorial do Paço das Artes, museu ligado à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo entre 2004 e 2008. É artista plástico, realizou exposições individuais no Centro Cultural São Paulo, Paço das Artes, Museu de Arte de Ribeirão Preto e Zipper Galeria, além de exposições coletivas em instituições de reconhecido valor cultural como Sesc, Memorial da América Latina e IBEU.

Raphael Escobar, São Paulo 1987. Artista formado em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e formação incompleta em Design Gráfico pela mesma instituição.  Desde 2008 atua com educação não formal dando oficina para crianças e adolescentes em situação de risco como adolescentes e jovens privados de liberdade na Fundação CASA (Antiga FEBEM) ou adolescentes e jovens da região central da cidade como Cracolândia, Anhangabaú e ocupações. A atuação nesta área da educação não formal em áreas de marginalização serve como pesquisa para o trabalho que desenvolve.

Edição 2010

Fabio Flaks (1977) nasceu, vive e trabalha em São Paulo. É formado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade Arquitetura e Urbanismo da USP (2000). Em 2009 defendeu a dissertação A representação do vazio no cotidiano tornando-se mestre em Artes Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP(2009). Realizou recentemente a individual Rente no Centro Universitário Maria Antônia (2010), além de individuais na Galeria Virgílio (2006), no Centro Cultural São Paulo (2003) e na Galeria Adriana Penteado (2001). Entre as exposições coletivas que participou destacam-se Paisagem Bruta na Galeria Virgílio (2006) e a 9a Bienal Nacional de Santos (2004), onde obteve menção honrosa.

Laura Huzak Andreato (1978) nasceu, vive e trabalha em São Paulo. É bacharel em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Sua última exposição individual Balneário aconteceu na Funarte de São Paulo em 2007, entre as duas exposições individuais e coletivas destacam-se: a Mostra Espaços Funarte Artes Visuais, São Paulo (2007); Mecanismos de Aferição no Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo (2006), Planta Baixa na Rua Camaragibe 236, São Paulo (2005); entre outras. A artista foi selecionada para a residência no ateliê de gravura da Fundação Iberê Camargo (2006). Também produziu figurinos para peças de teatro e shows, entre eles Dança- eh-Sá (2006), de Tom Zé. Atualmente, ministra aulas de desenho no curso de arquitetura da Escola da Cidade.

Luiz Roque nasceu em Cachoeira do Sul (1979). Vive e trabalha em São Paulo.Usa filme, vídeo, fotografia e neon como meio. Seu trabalho tem sido mostrado individualmente em lugares como Paço das Artes (São Paulo, 2008) e Ateliê Subterrânea (Porto Alegre, 2009) e em coletivas como Abre Alas (A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, 2010) e Video Links Brazil (Tate Modern,Londres, 2007). Seu vídeo Projeto Vermelho recebeu o prêmio FIAT (2006) e foi exibido na 12a. Biennnial de L’image en Mouvement (CIC, Genebra, 2007). Em 2010 participa da mostra inaugural da Fundação Vera Chaves Barcellos, Silêncios & Sussurros (Viamão RS). Recebeu por duas vezes a bolsa Talent Campus (Universidade del Cine, Buenos Aires 2005 e Berlinale, Berlin, 2007).

Nazareno nasceu em Fortaleza, vive e trabalha em São Paulo. Formou- se em Artes Plásticas pela UNB (1998). Trabalha com instalações, objetos e desenho. Realizou recentemente uma mostra individual na Galeria Mariana Moura, em Recife. Entre as coletivas de que participou, destacam-se Jogos de Guerra no Memorial da América Latina em São Paulo (2010); Brasília síntese das artes no Centro cultural Banco do Brasil no Distrito Federal (2010); Geração da Virada – Os anos recentes da arte brasileira no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo (2006). Indicado para o Prêmio Marcantônio Vilaça (2006), também publicou o livro São As Coisas Que Você Não Vê Que Nos Separam (2004). Atualmente é representado pela galerias Mariana Moura (Recife), Paulo Darzé (Salvador) e Emma Thomas (São Paulo).