Das Tentativas | Dália Rosenthal e Alexandre Tripiciano

duna é a escada, a escada é a duna…

… das tentativas
Os passos constituem a escada que o vento ao gravar-se mais fundo desmancha na areia: duna.
Avião, hélice: o mais alto que o homem pode ir
A estranha linha após o sol
Gangorra: verbo gangorrear, subir e descer entre as luzes e o corpo da cidade. Cidade das peles. Cidade das tentativas. Chapéu mexicano como o grande arremesso de dentro do círculo. Estrutura. O grito na direção da luz.
A agonia de que aquilo que o homem pode subir é a escada, passo a passo. O grito é dado à imensidão do silêncio.
O sol, a utopia, o passo sem dimensão, a cidade, o vento.
O círculo ordenado do vôo…
A borboleta-hélice da queda…
O vento que sopra nas dunas e empurra o barco à vela soa do metrô que anda nos trilhos,
O caminho poético do vento,
A curva do caos, a egrégoria,
Tua pele, minha pele, as nuvens a janela,
Meu olhar, teu olhar, todos nós, toda a folia de todos os reis… e rainhas
A luta-dança do amor revela o ciclo…
das tentativas…
Saulo di Tarso